“Quando decidiu tornar-se militar, empreendeu esse caminho movido por um impulso elevado, generoso. Na carreira das armas procurava a cristalização de um anseio superior, de um sentimento que o arrancava das comodidades da vida burguesa e que o colocava no caminho da heroicidade, dos sentimentos nobres, do sacrifício supremo. Tinha entrado na milícia como quem entra na religião abraçando o seu sabre como quem abraça uma cruz. (…) A longa vigilância estava a chegar ao fim. Desejou que os seus entes queridos pudessem ser testemunhas da sua coragem serena, da sua forma de deslocar-se através do campo de batalha (…). “
(O Hussardo - Arturo Pérez-Reverte)
(O Hussardo - Arturo Pérez-Reverte)