Só parece que estás morto: o teu significante cobre-me nesta troca de lugar

Palma de ti ou Saudade de ti: das sagradas viagens simbólicas enquanto purificação
Mistério gémeo ganho em cada passo dado pelo(s) espaço(s)
Onde as estruturas foram e serão belas, orgânicas e divinas
Porque agora és tu o meu anjo
Cada quase-pensamento aproxima-nos da imortalidade
E a palma ou a saudade torna-se infinita como a alma do (teu) coração

Guarda-me bem como guardei as tuas palavras e agora transformo o sujeito
Abraça-me forte a cada onda escura que apareça ao contrário dos teus olhos
Como homem, continuo puro naquilo que conheço e dou graças por te ter (tido)
Diz-me sempre: que sonharei: como vai a onda ou a luz que te olha e regressa sempre com o teu nome na boca?

Aquilo para que a utopia tende não se decide em termos de julgamento, exatidão ou adequação empírica, mas como um feito particular da conjunção do sujeito, do corpo e do significante.
Mesmo agora eu sou matéria e tu espírito e abraçamo-nos forte como certas ondas que te aproximam da beleza do dom que não tem preço.

(Ao Zé)




















(Imagem: Lourdes Castro)