“Dizei-me, pelos deuses imortais!, se há gente mais feliz do que aquela espécie de homens que o vulgo denomina loucos, estultos, fátuos ou ingénuos, cognomes belíssimos, na minha opinião? (…)
Destruir a ilusão é destruir a arte. Eram a ficção e o disfarce o que prendia a tenção dos espectadores. Toda a vida dos mortais não passa de uma comédia, na qual todos precedem conforme a máscara que usam, todos representam o seu papel, até que o contra-regra os mande sair de cena. (…)
Tudo no mundo é disfarce, e no teatro igualmente. (…)
É doce enlouquecer a tempo.”
Erasmo, Elogio da Loucura