Ainda loucura

“Dizei-me, pelos deuses imortais!, se há gente mais feliz do que aquela espécie de homens que o vulgo denomina loucos, estultos, fátuos ou ingénuos, cognomes belíssimos, na minha opinião? (…)

Destruir a ilusão é destruir a arte. Eram a ficção e o disfarce o que prendia a tenção dos espectadores. Toda a vida dos mortais não passa de uma comédia, na qual todos precedem conforme a máscara que usam, todos representam o seu papel, até que o contra-regra os mande sair de cena. (…)

Tudo no mundo é disfarce, e no teatro igualmente. (…)

É doce enlouquecer a tempo.

Erasmo, Elogio da Loucura

"Dinamatologia"

No Concerto de Gigli aprende-se a transformar a afirmação divina “Eu sou quem sou” em “Eu sou quem puder ser”.

Loucura!


(diagrama perdido)

“A incapacidade de suportar sentimentos divide, sobretudo, o pensar do sentir. Embora tal se considere característico de um comportamento esquizofrénico, é essa a realidade em que vivemos nós, os «normais», e não os esquizofrénicos. No caso deles, a cisão é sinal da sua recusa de perfilharem sentimentos fingidos ou hipócritas.”

Gruen, Arno (1995): A loucura da normalidade; p.29.