“Tinha entrado na milícia como quem entra na religião, abraçando o seu sabre como quem abraça uma cruz. E se os sacerdotes ou os pastores aspiravam ganhar o céu, ele aspirava ganhar a glória: a admiração dos seus camaradas, o respeito dos seus chefes, a auto-estima através da experimentação desse belo e desinteressado sentimento de viver com a consciência de que era doce e bonito lutar, sofrer e talvez morrer por uma ideia.
A Ideia.
Era isso precisamente o que diferenciava o homem que se erguia acima do material, de todos esses outros, a maior parte, que viviam prisioneiros do que era palpável e imediato.”
(Arturo Pérez-Reverte)
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