Pesar

Passos contidos na claridade de um dia
Esfriam pela tarde
Como todos nós e com todos eles
E foram-se embora com o seu pôr de abraço
Silencioso

Sentados na escuridão da memória
Elevamos as partículas efervescentes
Dos que acolhem uma recuperação afectiva
E acalma-mos as pulsações gritantes
Dos que ficam numa solidão acompanhada

Olhares amanhecidos sofrem
A cada palavra e a cada toque solar
A cada silêncio acompanhado do que já não vemos
Até que passam as flores pesadas
Sem nunca passarem
Porque pesam-lhes e pesam-nos

1 comentário:

Anónimo disse...

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