“Dizei-me, pelos deuses imortais!, se há gente mais feliz do que aquela espécie de homens que o vulgo denomina loucos, estultos, fátuos ou ingénuos, cognomes belíssimos, na minha opinião? (…)
Destruir a ilusão é destruir a arte. Eram a ficção e o disfarce o que prendia a tenção dos espectadores. Toda a vida dos mortais não passa de uma comédia, na qual todos precedem conforme a máscara que usam, todos representam o seu papel, até que o contra-regra os mande sair de cena. (…)
Tudo no mundo é disfarce, e no teatro igualmente. (…)
É doce enlouquecer a tempo.”
Erasmo, Elogio da Loucura
2 comentários:
momento wikipedia:
para Socrates havia 4 tipos de loucura - a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo; a ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuido por uma força exterior; a loucura amorosa, produzida por Afrodite; e a loucura poética, produzida pelas musas.
Hegel ajudou a perceber outra coisa - pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, afirmando que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.
ah grandes filósofos :) olha, dá-nos mais loucura poética, oh dá... *
excelentes leituras
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