Amigo

Como aprendeste a descobrir-te
A conhecer e a controlar o teu corpo
Brincas com o teu pião
Ainda hoje – lúcido – impagável!
Longe de seres apenas um intelectual
Encontras um jardim numa rosa.
És tão puro e imprevisível
Meu querido filho do mar e do azul
Que sob o céu a tua beleza alada
Continua a cobrir a minha noite.
És o menino – do pião – mais puro que conheço
E é uma graça ser teu amigo.
Agora que a doença te acolhe e
Como os bebés tenhas de aprender a não urinar na cama.
Ensinas-me a lançar a beleza serena do teu corpo à natureza.
Como és raro Z.