O dinheiro sempre foi senhor do seu nariz
Conversava com todos mas não se submetia a ninguém
Os dias podiam ficar mais escuros mas ele continuava em negociações
As noites podiam ficar maiores mas ele não se importava
O seu autoconceito era implacável em qualquer bolsa que estivesse
A electrónica era uma menina muito pacata
Obedecia às ordens dos seus programadores sem caprichos
Todos os dias era submetida a actualizações e a conexões
E mesmo durante a noite servia todas as pessoas uma a uma sem diálogos
Participava no sedentarismo de todos com toda a sua eficácia
Certo dia o dinheiro conheceu a electrónica
Num curso intensivo de estratégias de marketing
Namoraram durante um dia
Ele aprendeu a despersonalização
Ela aprendeu a globalização
Como uma imagem do futuro
Casaram numa noite veloz